FAET busca apoio para produtores prejudicados com as chuvas instensas
04/02/2022 13h47
<p style="text-align: justify;"> <span style="font-size:14px;">&ldquo;Fizemos uma rodada de reuni&otilde;es e audi&ecirc;ncias com &oacute;rg&atilde;os e entidades estrat&eacute;gicas que poder&atilde;o contribuir para amenizar o drama de centenas de produtores rurais em todo o Estado, que foram atingidos de alguma forma pelas fortes chuvas de janeiro. Sa&iacute;mos otimistas com o que ouvimos e tenho certeza que em breve vamos estar chegando na ponta pra ajudar quem precisa&rdquo;, destacou Paulo Carneiro, presidente do Sistema FAET/Senar. Ao lado do superintendente da FAET, Frederico Sodr&eacute;, ele esteve nas Secretarias Estaduais da Agricultura e de Infraestrutura, na AGETO (Ag&ecirc;ncia Tocantinense de Transporte e Obras) e na CODEVASF (Companhia de Desenvolvimento dos Vales do S&atilde;o Francisco e do Parna&iacute;ba), empresa p&uacute;blica ligada ao Minist&eacute;rio de Desenvolvimento Regional.<br /> <br /> Nas audi&ecirc;ncias nas secretarias e na reuni&atilde;o na autarquia federal, Paulo Carneiro explicou que os produtores ainda contabilizam os preju&iacute;zos causados pelo excesso de chuvas no Tocantins, quando as precipita&ccedil;&otilde;es foram praticamente o dobro do previsto. Segundo o presidente do sistema FAET, em levantamento realizado pelo Senar ficou constatado que mais de 70% dos produtores tocantinenses foram afetados pelas chuvas, como &eacute; o caso de cerca de 50 piscicultores do munic&iacute;pio de S&atilde;o Miguel do Tocantins, assistidos pelo Senar, que praticamente perderam toda a produ&ccedil;&atilde;o.<br /> <br /> &ldquo;Fomos aos &oacute;rg&atilde;os porque a FAET e o Senar v&atilde;o ajudar os produtores a se reerguer, mas com a ajuda do poder p&uacute;blico e de outras entidades governamentais, o alcance da iniciativa vai ser maior ainda&rdquo;, destacou Frederico Sodr&eacute;. Para ele, outra a&ccedil;&atilde;o do sistema foi a de propor parcerias que tamb&eacute;m incluiriam as prefeituras e a iniciativa privada, para a realiza&ccedil;&atilde;o de uma &ldquo;for&ccedil;a tarefa&rdquo; para recuperar as estradas estaduais e vicinais. Destacou ainda que muitas regi&otilde;es foram atingidas no Tocantins e muitas propriedades ficaram praticamente isoladas por conta das m&aacute;s condi&ccedil;&otilde;es da estrada e do comprometimento de pontes e bueiros.COMPROMISSOS<br /> <br /> Na secretaria de Agricultura, o secret&aacute;rio Jaime Caf&eacute; se prontificou a apoiar a retomada dos trabalhos dos piscicultores em S&atilde;o Miguel. Segundo ele, a Seagro e o Governo do Tocantins v&atilde;o estar juntos com a FAET para encontrar uma forma de resolver o problema dos produtores em definitivo porque a regi&atilde;o &eacute; muito suscet&iacute;vel a enchentes. &ldquo;Vamos enviar uma equipe t&eacute;cnica para avaliar e pensar numa solu&ccedil;&atilde;o e tamb&eacute;m podemos fornecer alevinos para que eles possam retomar as atividades&rdquo;, destacou.<br /> <br /> Do presidente da AGETO, M&aacute;rcio Pinheiro e do secret&aacute;rio estadual de Infraestrutura, Jairo Mariano, os dirigentes da FAET receberam o compromisso de que as a&ccedil;&otilde;es emergenciais j&aacute; est&atilde;o em curso, mas que em breve o Governo vai aumentar a estrutura destinada a recupera&ccedil;&atilde;o das estradas de terra, realizando servi&ccedil;os que possam ser mais duradouros. E tamb&eacute;m ap&oacute;s o per&iacute;odo chuvoso vai intensificar a restaura&ccedil;&atilde;o da malha vi&aacute;ria estadual que foi comprometida com as fortes chuvas. &ldquo;Enquanto estiver chovendo, vamos estar enxugando gelo, porque os trabalhos n&atilde;o resistem muito tempo&rdquo;, disse M&aacute;rcio Pinheiro.<br /> <br /> Na Codevasf, o superintendente Homero Barreto se comprometeu a estudar uma forma de ajudar nestas a&ccedil;&otilde;es em prol do produtor rural do Tocantins. Ele n&atilde;o descartou a possibilidade de fornecer m&aacute;quinas e equipamentos que possam socorrer os piscicultores de S&atilde;o Miguel, mas tamb&eacute;m somar aos esfor&ccedil;os de melhoria das estradas estrat&eacute;gicas para o agroneg&oacute;cio do estado.<br /> <br /> <br /> PESQUISA<br /> <br /> Para diagnosticar a situa&ccedil;&atilde;o no Tocantins, o sistema FAET/Senar realizou pesquisa sobre os impactos causados pelas chuvas intensas de janeiro, ouvindo produtores rurais, t&eacute;cnicos de campo e supervisores da entidade, al&eacute;m dos presidentes dos Sindicatos Rurais e parceiros importantes como prefeitos de munic&iacute;pios onde a atividade agropecu&aacute;ria &eacute; bem significativa. No levantamento ficou constatado que 77% dos produtores rurais tocantinenses teve algum tipo de preju&iacute;zo com as chuvas em janeiro e 61% deles relataram problemas como excesso de umidade no solo (encharcamento) e inunda&ccedil;&atilde;o de lavouras e pastagens.<br /> <br /> A pesquisa do sistema apontou que 44,8% das propriedades prejudicadas lidam com a bovinocultura de corte e leite, 32,7% com tanques de psicultura e 22,4% com agricultura, em especial com a produ&ccedil;&atilde;o de gr&atilde;os e frutas. Os produtores rurais afirmaram que o maior problema, 47,4%, &eacute; com a situa&ccedil;&atilde;o das estradas, tanto vicinais como estaduais, situa&ccedil;&atilde;o que para 36,7% dos entrevistados est&aacute; provocando o isolamento das propriedades. No levantamento, 8,8% apontaram problemas com os implementos e 7% relataram danos nas benfeitorias rurais (sede, currais, barrac&otilde;es e outros).<br /> <br /> Para 48% dos entrevistados s&atilde;o as prefeituras que est&atilde;o mais ajudando os produtores rurais no momento e que para 20% deles s&atilde;o os pr&oacute;prios produtores que est&atilde;o tendo que resolver os problemas. A pesquisa apontou ainda que para 23% dos agricultores, pecuaristas e piscicultores o segmento precisaria muito de um aux&iacute;lio financeiro, sobretudo os pequenos produtores. Para 20% dos entrevistados, uma a&ccedil;&atilde;o mais emergencial agora seria a manuten&ccedil;&atilde;o das estradas e pontes para garantir a circula&ccedil;&atilde;o e facilitar a tomada de provid&ecirc;ncias para recuperar os preju&iacute;zos. Na lista de demandas tamb&eacute;m est&aacute; a necessidade de apoio para renegocia&ccedil;&atilde;o de d&iacute;vidas e busca de linhas de cr&eacute;dito para a continuidade ou retomada das atividades no campo. O levantamento aponta que a maior quantidade de propriedades rurais atingidas est&aacute; na regi&atilde;o norte e do Bico do Papagaio, concentrando 61% dos atingidos.</span></p>
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