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LEVANTAMENTO DE PROPOSTAS PARA O PLANO SAFRA RECEBE SUGESTÕES DOS PRODUTORES DO MATOPIBA

Reunião foi realizada na FAET, em Palmas

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A última reunião promovida pela CNA para levantamento de sugestões para o Plano Safra 2025/2026 tratou das demandas da região do MATOPIBA, considerada a última fronteira agrícola do Brasil.

 

A reunião foi realizada na sede da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado do Tocantins (FAET), em Palmas. Participaram produtores, representantes de entidades públicas e privadas do setor rural tanto do Tocantins como da Bahia, Maranhão e Piauí.

 

Para o presidente da FAET, Paulo Carneiro, o levantamento inédito realizado no estado mostra a deferência da CNA com a região: “temos um imenso potencial e o produtor quer produzir, estamos passando por muitos desafios que precisam ser enfrentados, nós vamos superar, mas pra isso precisamos de mais crédito com juros mais baixos ”, disse o presidente.

 

O secretário estadual da agricultura, Jaime Café esteve presente na reunião e destacou a importância do trabalho. Ele chamou a atenção para um dos gargalos do setor no estado: a capacidade de armazenamento. “É fundamental que o Governo Federal disponibilize mais recursos para atender a essa demanda. Precisamos ter condições de armazenar nossa produção e vender na hora certa”, destacou.

 

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DEMANDAS

 

Para os produtores do Matopiba, é justamente a capacidade de armazenamento de grãos um dos maiores problemas da região. “Esse ano teve caminhões ficando três a quatro dias na fila para descarregar a produção nos armazéns das traddings”, disse Caroline Barcellos, presidente da Aprosoja Tocantins.

 

Para o setor, os programas de investimento precisam contemplar recursos diferenciados para a construção de armazéns com taxas mais atrativas.

 

O setor também anotou a burocracia para acesso ao crédito, sobretudo quando o assunto é investimento. Outro ponto abordado foi a falta de linhas de crédito para o setor pecuário.

 

“O sistema financeiro ‘esqueceu’ a pecuária. As linhas de crédito são limitadas e caras”, destacou Fernando Penteado, presidente da Novilho Precoce Tocantins (ATNP). O setor cobra melhores condições para recuperar solos e pastagens e também para investir em melhoramento genético.

 

“Também precisamos de recursos acessíveis para investir em irrigação. Temos potencial pra produzir o ano todo e precisamos de apoio para investir em irrigação”, destacou também Simone Sandri, presidente do Sindicato Rural de Pedro Afonso.

 

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SEGURO

 

Guilherme Rios, assessor técnico da CNA apresentou as ações da entidade para tentar mudar regras do seguro rural e proagro. “O caminho tem sido o legislativo”, destacou.

 

O tema foi abordado pelos produtores como o principal motivo de frustração do segmento rural. “O seguro virou apenas um instrumento dos bancos ganharem dinheiro porque ninguém consegue receber”, disse Dino Gabriel, presidente da ADSTO (Associação de Desenvolvimento Sustentável do Tocantins).

 

Para o consultor da CNA, José Ângelo é um contra-senso o que acontece hoje com o seguro rural. “Os credores estão empurrando um seguro para seus clientes (o produtor rural), que não funciona, quando deveriam estar preocupados com a saúde financeira deles”, destacou.

 

Com o término das reuniões regionais, a CNA vai consolidar um documento com as propostas do setor rural e encaminha-las ao Governo Federal e ao Congresso Nacional como sugestões para o próximo Plano Safra.

 

“Esse trabalho da CNA e das Federações é fundamental para o Brasil e o próximo plano safra será desafiador. Precisamos de melhores condições para evitar a falência de muitos produtores que estão sendo penalizados com queda nos preços dos produtos, aumento dos insumos e juros cada vez mais altos”, finalizou Paulo Carneiro.

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