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Piscicultura transforma realidade de família de pescadores em São Miguel

A piscicultura mudou o destino da família Santana, em São Miguel do Araguaia, no Bico do Papagaio, no extremo norte do Tocantins. A atividade começou como uma alternativa diante da escassez de peixes no rio Tocantins e tornou-se, 15 anos depois, a principal fonte de renda e um exemplo regional de produtividade, gestão e inovação.

 

“No início a gente fazia sem saber de nada direito. Colocava o peixe no tanque, tratava e pronto. Às vezes morria muito peixe”, lembra Francisco Santana, o patriarca da família que era pescador extrativista profissional. Já o filho dele, Raimundo Santana conta que outro problema era a falta de gestão: “a gente não anotava nada, não sabia o custo do que a gente produzia e tomava como base pelo valor do kilo que a gente vendia”.

 

 

Depois que a propriedade passou a ser assistida a vida na chácara Piscicultura Tocantins mudou completamente. Os produtores passaram a fazer o controle dos gastos a anotar todas as despesas e receitas e a seguir orientações técnicas para melhorar a produtividade e a rentabilidade do negócio, reduzindo perdas e prejuízos.

 

As primeiras mudanças já proporcionaram bons resultados, mas o salto de qualidade ocorreu depois que a atividade começou a proporcionar retorno e condições de investimento no negócio. A propriedade tinha nove viveiros e produzia cerca de 14 toneladas de peixes por ano.

 

 

Com a construção de mais três tanques, a aquisição de quatro aeradores, a desinfecção dos viveiros, a melhoria da qualidade da água e mais precisão na alimentação dos animais, o salto foi significativo e a produção pulou para quase 24 toneladas/ano.

 

“A grande virada aqui foi quando a família que produzia peixe já a alguns anos foi desafiada a ser muito melhor naquilo que faz”, destacou o supervisor de ATeG do Senar, Vicente Neto. Segundo ele, os bons resultados iniciais geraram uma certa comodidade, mas o desafio proposto pelos técnicos mostrou que os produtores podiam ir além.

 

 

“Hoje a gente está num nível tecnológico mais avançado, os produtores já sabem o que gastam e o que ganham e aí facilita muito as tomadas de decisão”, destacou o técnico de campo do Senar que assiste a propriedade, Wilkinson Vinícius Silva.

 

O ganho produtivo trouxe melhorias diretas nas condições de produção e na qualidade de vida. A família em novos tanques, construiu um depósito para insumos e equipamento, fez melhorias na moradia, adquiriu novos veículos e investiu em placas solares. Outro feito que fazem questão de destacar é que a piscicultura deu condições para que Francisco investisse na educação dos filhos que agora podem cursar uma faculdade.

 

 

“A vida melhorou bastante, graças a ajuda do Senar e agora nós queremos produzir ainda mais”, disse Raimundo. “Depois do Senar é que a gente começou a evoluir. O Senar veio pra ficar porque se não fosse ele acho que a gente já tinha até desistido. Deu certo, está dando certo, vai dar certo”, finalizou Francisco.

 

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